PSDB vota a favor do Orçamento 2015, mas faz ressalvas

Crédito da foto: Juliana Mutti | Agência AL/RS
Os deputados da Bancada do PSDB votaram a favor do Orçamento Geral do Estado para 2015, durante a sessão plenária desta terça-feira (25), na Assembleia Legislativa. Entretanto, os parlamentares tucanos fizeram ressalvas quanto aos valores apontados na peça orçamentária pelo governo Tarso. Entre os apontamentos feitos pelos deputados do PSDB estão receitas previstas que podem não entrar no caixa do Estado, valores superestimados com relação a tributos estaduais e despesas subestimadas com a folha de pagamento do funcionalismo.

De acordo com o líder da bancada tucana, deputado Jorge Pozzobom, o somatório das receitas fictícias chegam a R$ 2,7 bilhões. "O governo petista está contando com compensações financeiras e receitas de capital que em anos anteriores não entraram no caixa estadual e, certamente, não entrarão em 2015", avaliou. O parlamentar destacou, ainda, que o montante a ser arrecadado em ICMS foi superestimado pelo governo em R$ 1,7 milhão e a despesa com a folha dos servidores foi subestimada em R$ 1 bilhão. "Teremos um rombo superior a R$ 5 bilhões no próximo ano", observou.

A vice-líder da Bancada do PSDB, deputada Zilá Breitenbach, também ressaltou que foram superestimados os dividendos de sociedades de economia mista e juros sobre capital próprio das empresas em que o Estado tem ações, como Banrisul e Corsan, somando um total de R$ 400 milhões. Outros valores que estão superestimados são as Transferências de Capital (convênios com a União), que atingem o montante de R$ 300 milhões.

Zilá lembrou, ainda, os valores que foram apontados em orçamentos anteriores e não se confirmaram no caixa do Estado. "Em 2012, o governo petista havia colocado no orçamento R$ 246 milhões a título de compensações financeiras a serem transferidas pela União. Entretanto, não ingressou um centavo ao cofre estadual. No Orçamento 2013, o governo projetou o ingresso de R$ 1,2 bilhão, mas também não se materializou no caixa do Estado. Neste ano, a receita fictícia esperada pelo governo chega a R$ 2,3 bilhões. No entanto, até o momento não ingressou nenhum centavo ao Tesouro Estadual", concluiu.

Texto: Luís Gustavo Machado (Jornalista - MTE 15280)

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